sábado, 21 de setembro de 2013

Violência Escolar

A violência escolar tem se constituído, nos últimos anos, em um problema social. Divulgada e explorada pelos meios de comunicação, tornou-se tema de debate público. O fenômeno, que possui determinações complexas, tem colocado à baila a relação professor-aluno, que assume, em algumas situações, não nos parece exagero dizer, uma certa dramaticidade. A intensificação dos conflitos, próprios dessa relação, acaba por gerar uma espécie de “guerra” não declarada, onde se tem apenas perdedores: os professores, pelo estresse físico e psíquico a que estão submetidos, e os alunos, por terem à sua frente mais um obstáculo na produção de seu conhecimento, imprescindível para o exercício da cidadania. A escola, que chegou a ser chamada de “segundo lar”, aparece hoje, na visão de alguns, como “local perigoso”, onde não há previsibilidade sobre o que pode acontecer. Frases do tipo: “não sei mais quem são meus alunos”, “tenho medo de ser atacado, agredido fisicamente”, podem ser ouvidas em reuniões pedagógicas e nos momentos de intervalo das aulas. Por outro lado, o aluno parece não ter claro que o professor é seu aliado. A figura do professor lhe parece, muitas vezes, distante e repressora. Em síntese, a presença mais intensa da violência, no cotidiano da escola, tem aumentado a complexidade da relação professor-aluno e tornado mais agudos os conflitos próprios da relação. As dificuldades em gerir esses conflitos revelam uma certa “crise” da relação e apontam que os padrões tradicionalmente aceitos já não dão conta de regular essa relação, estando esta sem sustentação na sociedade.

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